Ao longo de toda a vida, a mais difícil das tarefas foi aceitar que eu era apenas mais um entre bilhões, apenas um número. Acreditar que o meu sofrimento, minhas conquistas, minhas derrotas são fases que acontecem na vida de todas as outras pessoas, que a minha individualidade não existe e mesmo minhas escolhas tão "minhas", podem ser as mesmas que outras milhares de pessoas tomam todos os dias.
Como lutar para gerar um código diferente quando existem bilhões de combinações la fora? Quem eu sou? Apenas um organismo e uma combinação qualquer de situações ou há algo mais?
A Verdade é que a mente e o "eu interior" que antes eram domínios apenas de filósofos e religiosos hoje se tornou um campo para psiquiatras com suas doses de Valium e imãs gigantes. As pessoas deixaram de perguntar o que temos em mente e começaram a perguntar onde é a parte em que o "eu" está no cérebro. No momento em que mudaram essa pergunta, nos transformaram em ratos de laboratório, seres mundanos nascendo, procriando, morrendo e sendo esquecidos sem qualquer razão aparente...
Se você não for capaz de dar um passo para fora desta fila para o abatedouro, você provavelmente nasceu com um código de barras, em alguma fabrica de humanos.
Amar, sofrer, perder, chorar, continuar... estas são as chaves para novas combinações...
Se você não as usa, volte para a fila humano número 314159265...