terça-feira, 25 de agosto de 2009

Initech Rules!

Cada novo dia da minha vida é o pior dia da minha vida...
Meu local de trabalho é como um vício doentio corroendo minha alma lentamente a cada dia, mas o pior, é que ele cobra o seu "preço" sem o prazer entorpecente de quando nos entregamos ao objeto de nosso vício.
Minha vida patética se resume em suportar essa tortura durante o horário comercial e a sofrer por antecipação com a proximidade de um novo dia de trabalho durante as horas que não estou no trabalho.
Sofro de uma doença incurável cujos sintomas são fortes vontades não fazer nada seguidas de um tédio mortal.
Meu hobby é reclamar da minha vida. Meu passatempo é praticar o meu hobby incessantemente.
Os únicos sonhos que me restam são os provocados pelo meu subconsciente enquanto durmo.

...E o pulso... ainda pulsa...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

TO DO LIST

Already accomplished:

eu já conquistei pelo menos uma vez o orgulho de meus pais;
eu já ajudei pessoas indefesas, mais do que isso, já fui o herói de alguém;
eu já cheguei no fundo do poço e voltei;
eu já estive no topo e cai;
eu já fracassei tantas vezes que perdi o medo de falhar, mas nunca perdi o gosto pela vitória;
eu já fiz sexo com duas lindas mulheres ao mesmo tempo;
eu já fui o melhor em alguma coisa que era importante para mim;
eu já ganhei dinheiro em uma mesa de jogo em Vegas as 4 da manhã usando óculos escuros;
eu já nadei em um lago no deserto;
eu já fui muito longe tentando encontrar o meu lugar.

To be accomplished:
THE QUEST FOR YOUR HEART.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

redação: Quem eu sou?

fato engraçado: hoje o RH da minha empresa passou a seguinte redação para um pretendente a um cargo no inferno, também conhecido como setor financeiro, "quem eu sou?"

Com tanta coisa referente ao cargo para ser avaliada, eles perguntam algo tão pessoal quanto isso? Incapaz de definir a existência ou não dos requisitos para qualquer cargo... Enfim, tirando isso e o fato de que todo e qualquer baiano com acesso ao Orkut preenche esta redação ridícula, fiquei imaginando como responderia essa redação...

quem eu sou...

Eu sou parte de um todo incompleto, numa busca incessante pela resposta desta mesma pergunta que é o tema desta "controversa" redação.
Tento preencher o vazio de minha existência com momentos de dor causados hora pela inexperiência, hora pela falta de oportunidade, mas somente quando adiciono os cacos de um coração despedaçado inúmeras vezes por paixões platônicas esta tarefa pode ser terminada.
Quando desisto desta saga dantesca, mato as horas buscando por respostas das quais a pergunta não conheço, tentando manter a sanidade nesta floresta de concreto construída por uma sociedade insana...
Quem eu sou? sinceramente eu não sei. A melhor resposta que posso dar para uma pergunta como essas é que sou um meio termo entre pessoa que eu era e a pessoa que pretendo me tornar...

Mas não se engane, tenho total conhecimento de que esta resposta não esta dentro de suas expectativas para um futuro funcionário, mas se você refletir sobre isso, vai entender minha seguinte questão:
Quem é você para me perguntar quem eu sou?

Perto da verdade

Eram 20:37hrs quando eu chegava em meu apartamento naquele dia, era uma quinta feira, e o trânsito mais uma vez roubava as poucas horas que me sobravam, tudo o que me restava depois de um dia cheio, era folhear o cardápio de pizza após um banho quente, mesmo sabendo que acabaria escolhendo o sabor de sempre... era o que eu imaginava fazer, meus planos para mais uma noite solitária, mas o que eu não imaginava é que o imprevisto se armava para atrapalhar aquele cotidiano vazio em que eu me encaixava.

Sexto andar, eu fico parado na porta selecionando a chave certa no chaveiro, mas para minha surpresa, antes que eu pudesse enfiar a chave na fechadura, a porta se abre com um simples toque de minhas mãos - eu não posso tê-la deixado aberta - penso eu; e muito menos com as luzes acesas, é quando percebo que pode haver algum intruso em minha residência, isso explica os passos suaves e desconfiados que dou nesse momento. Conforme vou me infiltrando pelo corredor de entrada, vejo as cortinas fechadas e o telefone fora do gancho, as revistas sobre OVNIs que compõem minha literatura se encontram espalhadas por todo o chão, um dos sofás está de cabeça para baixo, enquanto o outro teve suas almofadas atiradas para o canto da sala, o quadro que fica na parede da sala de jantar também está no chão, e foi rasgado como se tivesse algo escondido na lona, alguém nada sutil procurava alguma coisa aqui, mas o que?

No quarto, o ambiente era o mesmo, o colchão estava em pé apoiado na parede com um enorme rasgo no centro, as gavetas do guarda roupa todas jogadas no centro do quarto, enquanto pilhas e pilhas de roupas formavam um grande tapete escondendo o próprio chão, todos aqueles cds e dvds que sempre cuidei para não riscar se encontravam misturados e fora de suas capinhas originais perto do notebook que se encontrava ligado, aparentemente testaram todas as mídias em busca de alguma informação, e seja lá quem for que fez isso, conseguiu quebrar minha senha de usuário do notebook.

O banheiro também foi mexido, o espelho estava rachado e tudo o que eu guardava no armário estava jogado na pia, todos os meus frascos de pílulas contra insônia foram esvaziados na privada, e talvez por puro vandalismo alguém deixou o chuveiro aberto. A julgar pelo vapor intenso e os azulejos transpirantes, devem fazer algumas horas que o chuveiro está ligado. Após fechar o registro, fui prontamente até o escritório, pude sentir um cheiro de queimado ali, notei cinzas ainda quentes na lixeira. Os livros, ablolutamente todos foram para o chão, e alguns tiveram o triste destino de ter suas páginas arrancadas, minhas anotações desapareceram, e a caixa de sapatos com as fotografias de família aparentemente não está completa também, os recortes de jornais com manchetes especulosas e notícias de casos inexplicáveis agora são apenas pedaços de papel picado por todo o ambiente. Eu sei o que eles procuravam, e foram bem sucedidos, pois o disco rígido do computador foi retirado do gabinete e o encontrei em cima da mesa, obviamente o mesmo foi formatado, mas provavelmente copiaram as informações nele contidas, ou então só queriam fazê-las desaparecer.

De qualquer forma, mesmo correndo risco de vida, devo dizer que ainda possuo estas informações, e uma vez divulgado isso, espero que minha morte sirva de prova do quanto o governo manipula nossas ações. Não foi a primeira vez que invadiram meu apartamento, mas das outras vezes, a invasão foi sutil, seria imperceptível se não fosse toda a minha paranóia. Escutas e grampos foram implantados nos mais inoportunos lugares da casa, fui seguido diversas vezes por aqueles homens de terno, eles monitoram todos os meus passos, minhas palavras, e ainda zombam de mim fazendo-me parecer louco, paranóico, esquizofrênico... mas eles tem mesmo com que se preocupar, pois a verdade está lá fora, e não sou mais um fantoche de seu teatrinho governamental, as conspirações talvez nunca sejam de fato provadas, mas saber que meus arquivos estão causando dor de cabeça a eles, significa que dessa vez estou mais perto do que nunca da verdade, e eu não sei onde isso vai me levar, não sei o que vai acontecer nos próximos dias, talvez eu desapareça, talvez façam parecer um acidente, ou talvez essa carta me dê mais algum tempo de vida, o fato é que estou sendo caçado, e é questão de tempo até descobrirem meu esconderijo, tenho medo do que possa acontecer comigo, certamente farão as mais diversas formas de tortura, e finalmente vou descobrir se o pentotal sódico realmente funciona, porém, vou dizer aquelas que podem ser minhas últimas palavras:

"Caro Frank Castle, se você pode ler isso, faça a lição de casa. Se o perímetro não estiver comprometido faça o X com fita adesiva na janela dos fundos, entrarei em contato em dois dias, se algo der errado não deixe os arquivos se perderem, encontre-os no cesto do lobo mau, mamãe urso protege os filhotes de dia mas de noite chapéuzinho vermelho anda sorrateira pelo bosque. Tome cuidado!"

sem mais,
dpfox

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O Ego e Eu (part 2)

Eu consumo a virtude do ego impregnado nas artérias, um parasita de gala, conflitando meu orgulho com minha humildade. Ego, seja bem-vindo ao meu corpo, sem clemência de nenhuma célula viva em mim, organismo que infecta minhas funções vitais, torna-me imune das imperfeições alheias e escravo da narcisa "perfeição" pessoal.

Sou, os dois lados da moeda, o positivo e negativo, ambos os polos falidos em discernimento, sou mais que isso, mais que aquilo, sou extra-polar, extrapolando no bipolar. Sorriso aberto, humor sádico, empatia evidente, arrogância infame, de cara limpa ao mundo, de cara a tapa a todos, de cabeça baixa a Deus e nariz empinado a seus filhos. Eu sou mais eu no mundo de ninguém.