quarta-feira, 8 de abril de 2009

Dear Karen...

Querida Karen,

Hoje o dia está frio, o chão está gelado demais para se andar descalço e cada arrepio me faz refletir se eu deveria estar te torturando com essas coisas que escrevo.

As coisas vão bem por aqui, não tão bem quanto eu imaginava quando tinha 10 anos de idade, mas acho que isso não é exclusividade minha, então, a reclamação fica só com esse frio que estou sentindo mesmo.

Confesso que o dia frio não tem nada a ver com o clima ou a estação, na verdade acho que está um sol lindo lá fora, muito provavelmente céu azul, talvez até aquelas nuvens com formatos eróticos. Bem, definitivamente eu não sei. Só consigo pensar naquele clima cinza e nublado que me rodeia quando vejo que você não está por perto.

Acordei certo dia e percebi que a tempestade passou. Foi quando veio essa calmaria chata que eu tento reverter fazendo outras merdas pelo mundo e ajudando a torná-lo um lugar pior, mas sabe, não importa o que eu faça, agora eu sempre termino o dia com os olhos apontados para o céu, a esperança é de tempestade para o dia seguinte.

Não sei até que ponto você é capaz de gostar de mim, mas queria dizer que você Karen, você é minha época de chuvas, e eu, mesmo sem guarda-chuva, mesmo sem colete salva-vidas, mesmo correndo o risco de pegar uma eterna pneumonia, eu estou pronto pra viver isso tudo com você.

Preciso de um café pra aquecer as coisas, é uma pena que o meu fique sempre tão amargo, você podia me ajudar com isso, talvez eu pudesse fazer alguma coisa em troca, cuidar de você por uns tempos, sei lá...

... me liga,
Infielmente seu