domingo, 1 de março de 2009

London, can you wait?

As vezes, nos rebaixamos tanto por uma causa, que acabamos sendo pisoteados pelo reflexo de um ideal perdido, aquilo que sempre julgamos tão correto, que fizemos com tanta paixão, hoje se torna objeto com pontas afiadas, perfurando cada centímetro de dedicação que temos, dor sem direito a anestesia. Nós nos doamos por inteiro a uma causa aparentemente perdida, em um rumo que nem sequer foi traçado nos mapas, mas nós teimamos em repetir o feito, insistimos na profissão de cartógrafos do nosso próprio destino, imaginando, sonhando e criando um rumo guiado pelo desejo. Desejo esse, que muitas vezes nos leva para um caminho errado, um caminho onde paramos de olhar para nós mesmos e começamos a buscar atalhos para uma felicidade, que nem sequer temos certeza de que será certa caso alcançemos o destino final. Mas felizmente um dia acontece, você se perde no seu próprio caminho, felizmente apenas para abrir os seus olhos, porque de feliz essa rota não tem nada. Mas ela serve para percebemos que aquela humilhação de ser pisoteado, é realmente humilhante, e o suor do esforço em vão nem sempre é um mérito, não é algo que você precise passar para um dia quem sabe conseguir a tal da felicidade. É quando se deve abrir os olhos para dentro de si, e perceber que antes de qualquer coisa, a sua vida é mais importante, e não existe bússola que vá fazer você se encontrar pelo mundo afora. Norte, sul, leste, oeste... não importa, todos levam a um mesmo lugar.