Eu consumo a virtude do ego impregnado nas artérias, um  parasita de gala, conflitando meu orgulho com minha humildade. Ego, seja  bem-vindo ao meu corpo, sem clemência de nenhuma célula viva em mim, organismo  que infecta minhas funções vitais, torna-me imune das imperfeições alheias e  escravo da narcisa  "perfeição" pessoal. 
 Sou, os dois lados da moeda, o positivo e negativo, ambos os polos falidos em discernimento, sou mais que isso, mais que aquilo, sou extra-polar, extrapolando no bipolar. Sorriso aberto, humor sádico, empatia evidente, arrogância infame, de cara limpa ao mundo, de cara a tapa a todos, de cabeça baixa a Deus e nariz empinado a seus filhos. Eu sou mais eu no mundo de ninguém.