quinta-feira, 24 de junho de 2010

In Between

Vermelho intenso, eu nem ao menos me lembro como consegui esse encontro com ela, da última vez que a vi foi em um adeus definitivo e agora ela esta diante de mim, com aquele sorriso sensual que popula minha imaginação a sete longos anos. Não nos falamos, eu continuo olhando para ela, memorizando cada contorno, substituindo os antigos dados que ocupam tanto a memória quanto o coração, ela está diferente, muito mais parecida com a garota que vi pela primeira vez, por alguns segundos fico imaginando como isso é possível, mas ela está aqui, não é uma miragem, isso é o que importa. Eu coloco a mão em seu rosto e forço gentilmente uma mecha de cabelo para trás da orelha, continuamos em um silêncio cheio de tantas palavras, que só é rompido quando ela toca em minhas mãos, movimento que sigo instintivamente com meus olhos só para notar o anel em seus dedos, esta é a primeira vez que a vejo usando, dou um sorriso e a envolvo em meus braços, fecho os olhos, tudo fica vermelho por um instante, quando volto a abri-los, inacreditavelmente, ela ainda está aqui, ainda é minha, sem pressa, sem palavras, apenas preenchendo o que me faltava, tudo o que me faltava.

...
Continua sem pulso. Fizemos todo o possível, lamento. Certo, vamos parar... Por um instante eu podia jurar que ele sorriu...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alcohol level 3

Pessoas burras... Eu as odeio!

Mesmo as bonitas, claro que pelo menos com elas você pode fazer sexo, mas a estupidez é irritante, seja patológico ou não, quando a maior qualidade do ser humano é sua capacidade de rebolar, é deprimente, repulsivo. Estabelecer comunicação com um ser incapaz de manter sequer uma forma rudimentar de intelecto para compreender coisas mais complexas do que passos de dança é nauseante.

Não que eu espere que todas as pessoas sejam gênios ou até intelectuais menos qualificados, eu até suporto pessoas que estudam algumas áreas de humanas, mas daí a ter que aturar amebas cujas únicas perolas da sabedoria são as frases que encontram nos biscoitos da sorte ou as opiniões clichês e supérfluas que parecem cercar toda essa vastidão de mulas geneticamente semelhantes aos humanos, mesmo com doses semi-letais de álcool,como é o caso agora, é impossível.

Eu realmente odeio pessoas burras!

Alcohol level 2

O Mundo tá fodido! Quero dizer, qual é o ponto de ser tão certinho em um mundo tão decadente como este? Frequentar essa rotina ridícula criada por uma civilização que nem ao menos é capaz de dar descarga na sua própria merda. É sério, porque acham que inventaram a porcaria da descarga automática? Isso sem usar o sentido figurado, porque dai sim estaremos falando da merda mais profunda da civilização, um bando de racistas pseudo-moralistas capazes de matar qualquer um que desafie a cultura fodida deles, esse capitalismo estúpido que impõe a pobreza e miséria mundial apenas para salientar a riqueza e o poder de uma minoria egoísta incapaz de enxergar qualquer coisa menos obvia do que seu próprio ego narcisista...
Eu diria que é um punhado de "istas", "ezas"e toda essa merda, para falar a mesma merda que você lê em qualquer bosta de jornal jogado pelas ruas, afinal, falar que tudo ta fodido, que os ricos são culpados por toda a fome que existe no mundo é fácil quando se usa um computador de 6000 reais, sentado em uma cadeira confortável e com a barriga cheia de toda porcaria que a cultura que estou criticando é capaz de prover... A culpa é nossa, nós somos os vilões, não lutamos contra eles, a luta é contra nós. Não adianta reclamar e deixar por isso mesmo... Não escolher também é uma escolha, e apesar de ser mais fácil não lutar, quem não luta também perde a guerra, seu bando de cuzões superficiais!

Alcohol level 1

Bom, madrugada, bastante bebida disponível, vamos começar a escrever sobre assuntos variados...

"Doe órgãos"...

Sou a favor da doação de órgãos, desde que não sejam os meus é claro. Apesar da reconfortante idéia de peças sobressalentes caso eu precise, a contrapartida disso me da arrepios, meu corpo sendo desmontado em pequenas peças como se fosse um lego vivo, onde as peças são encaixadas em novos modelos, antes mesmo de eu ter me acostumado ao outro lado. E se eu ainda precisar deles? E se cada traço do que acontecer comigo for arrastado para seja la o que for desse imaginário outro lado? Eu sei, isso já era estúpido antes de escrever, agora ficou pior ainda... E se eu tentar amenizar pedindo que pensem em mim como um vírus gigante, ou melhor, peças defeituosas, que vão causar um estrago bem maior do que o benefício... É sério, fígado e rins castigados por toda a bebida necessária para amenizar a amargura, pulmão deteriorado não só pela poluição natural como pela fumaça dos ambientes sombrios que frequento para esquecer as miragens que minhas córneas alucinadas e míopes constantemente enxergam, mesmo quando estou com os olhos fechados. Tudo isso para não falar de um coração que já foi feito em pedaços tantas vezes que não é capaz de dar uma batida sem que seja para sofrer.

Seja como for, doe órgãos, é uma atitude realmente bonita, mas o meu ponto é, não doe os meus, eu sou apegado demais a eles.