segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DEEP SPACE

As luzes que eu vejo agora já a muito não brilham mais. O vácuo lá de fora não se compara com o vazio aqui de dentro, eu tento um grito, mas nem toda a agonia do mundo o faz propagar em direção a salvação. A escuridão é tão calma e confortante que não consigo me libertar, essa força intangível, para alguns gravidade, para outros destino, que outrora impulsionava meus sonhos como um cometa, acabou por me arrastar para as profundezas sombrias da solidão.


PunisheR

sábado, 24 de outubro de 2009

O dia em que a terra parou

De tempos em tempos acontecem eventos que levam embora toda a velha rotina de uma humanidade. São as chamadas catástrofes! Algumas são apenas desastres naturais em grande escala e outras são atos de terrorismo provocados pelo próprio homem, no entanto, a onda de destruição regularmente é a mesma.

Existem eventos históricos, desde guerras, furacões, epidemias, tremores, armas de destruição em massa, asteróides, erupções vulcânicas etc... o fato é que cada um tráz consigo diversos tipos de consequência, e não existe uma maneira de prever ou de escapar da coisa toda. É simples assim, um belo dia você acorda feliz e sorridente, toma seu café da manhã, olha pela janela e pronto, vê uma enorme bola de fogo vindo do céu prestes a estragar seu jardim.

Comigo foi mais ou menos assim, um belo dia ela nasceu, cresceu, floresceu e encantou o mundo, tudo ia bem, até que certo dia toda a força de sua beleza entrou em rota de colisão com a humilde órbita de minha existência. Ela não tinha culpa de nada, mas naquele momento minha atmosfera mudava, meu campo gravitacional se expandia, e tudo o que eu podia fazer era me atirar de cabeça em um impreciso sentimento.

Ela foi um evento natural que eu não pude lidar, porém eu, sou um ato de terrorismo constante, então no fim das contas entrar em rota de colisão com ela, mesmo que platônicamente, mesmo que jamais venha conhecê-la de fato, foi a melhor catástrofe que podia ter me atingido, pois enquanto uns morrem em terremotos e tsunamis, eu morro de amores por ela.


Um feliz aniversário,
que todos os seus sonhos se tornem conquistas.
Muita saúde, paz e felicidades para ELA.

Com uma imensidão de carinho que já não cabe em mim,
dpfox

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Portão de Embarque

Cara... odeio aviões... to aqui esperando por um ônibus com asas cheio de combustível e ci's da china, para ficar 9h a 800Km/h a 10000m de altitude...

se isso não é insanidade... o que mais seria?

enfim... fica aqui minha carta de esta tudo bem, minha vida foi feliz, e todas aquelas baboseiras que se diz em cartas póstumas, apenas para o caso de algo inesperado (depois da descrição acima dizer que é inesperado é hipocrisia) acontecer...

e la vamos nós, audaciosamente indo onde nenhum "delta" jamais esteve...


PUNISHER

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Ajustando o tempo

Não sei direito quanto tempo isso está assim, dias, meses, talvez anos se passaram desde a última vez que pensei no assunto. Ainda é incerto como tudo começou, como terminou, ou se ainda está acontecendo, mas pelo menos uma coisa é certa; entre tantos erros cometidos e tanta insistência em vão, essa sem dúvida foi a obra que mais valeu a pena... foi também a que menos rendeu resultados eu sei, mas nesses 8560 dias em vida, não me lembro de ver uma única vez o mundo se demonstrando ser um lugar justo, então parece que a essa altura de um campeonato perdido, já perdi aquela janela que me permitia chorar. Meu ego não admite que eu diga: "falhei", então me parece certo culpar a injustiça do mundo, a rotação da terra, o comportamento das pessoas, e se o papa ou algum discípulo fanático por religião vier com algum discurso repleto de baboseira, a culpa passa a ser deles também. Tá, eu errei algumas vezes, fiz várias merdas por ai, mas não fui eu quem falhei de fato, eu não, minha obra não tem nada a ver com a obra do acaso, são coisas distintas que de alguma forma se encontraram para estragar tudo. Certo dia ouvi dizer por ai que ainda me restam 1170 dias de vida... bastante para um cara como eu não?! Teoricamente tenho tempo de sobra para consertar as coisas, fugir desse ataque de karma que vem se tornado cada vez mais crônico, quem sabe até fazer mais algumas tentativas para virar o jogo nas últimas rodadas, enfim, na pior das hipóteses, vou perder mais algumas fichas para essa grande mesa redonda.

domingo, 4 de outubro de 2009

Durma com os anjos alcoólatras

Uma noite a menos, um gole a mais, o silêncio da noite revela o sono sincronizado que consome todos, menos um, uma noite a menos, um gole a mais.