sexta-feira, 25 de setembro de 2009

MEDO

As vezes, o medo é um aviso. É como se alguém pussesse a mão no seu ombro e dissesse: NÃO DE MAIS UM PASSO.

(frase de Anne Rice)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Desapareci no meio de nada

Aquele período de inspiração que me acompanhou por esses longos meses cessou, a escrita fugiu para algum canto distante, não vou culpar a falta de tempo, a exaustiva rotina de um ambiente de trabalho e nem irei dizer que algo mudou. Nada mudou de ontem para hoje, nada mudou de um mês para o outro, nada mudou de um beijo para uma transa, a insatisfação prevaleçe e não me dá nenhuma expectativa de encontrar um destino bom em minha vida... e, até o final do dia, nenhuma mudança está prevista no calendário. É ai que quando menos espero, cá estou eu escrevendo novamente.
Porra, eu vim até aqui apenas para escrever uma frase, dar um maldito sinal de vida (ou algo parecido com vida) pra alguém que provavelmente nem sabe que estou vivo, porém acabei cedendo as palavras, executei um parágrafo inteiro, como aquelas voltas estranhas que o mundo dá.
A menos que eu esteja morto amanhã, não estou me despedindo desse mundo letrado em que me encaixei, mas no momento sinto que não tenho mais pelo que escrever, ou (me utilizando daquele velho senso dramático), não tenho mais pelo que lutar.
Por fim, eu posso não estar com a escrita em dia, colocando texto em tudo aquilo que passa pelas minhas veias, porém, só queria dizer que eu ainda sonho com Ela, e mesmo que não mude nada, acho que isso é algo que vale a pena lembrar.
dpfox

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A MORTE DO GATO

Hoje eu matei um gato. Não foi o primeiro. Já matei um antes. Nesta época, chorei ao matar o bichano que revirava o lixo da minha casa, chorei arrependido pelo que fiz no calor do momento. Desta vez foi diferente, a vítima se infiltrara secretamente na sala de casa e acabou provocando um susto enorme em minha mãe. O medo em seus olhos alterou instantaneamente minha aura para vingador implacável. Não foi de forma alguma um ato impensado, praticamente impedi sua fuga e busquei a arma letal, vassoura, pensei friamente sobre o que estava prestes a fazer, graças a minha experiência no assunto, tive certo controle sobre o ato, mesmo diante da carga de adrenalina e pavor que o agito do gato estava provocando.
Após múltiplos hits o felino rastejava pela sala procurando escapar de seu carrasco, mas nem todo o esforço de suas sete vidas poupariam o animal de seu triste destino. Apliquei alguns combos leves de modo a direciona-lo ao portão da casa, local planejado para o golpe fatal, mas novamente minha experiência se antecipou e interrompi meu ataque, constatando que ele já estava fadado a uma morte lenta pelo aspecto em que deixava minha propriedade.
Não tenho orgulho do que fiz, sinto até um leve mas controlado remorso. O único motivo que escrevo sobre o assunto é para lembrar o poder que a raiva tem, capaz de transformar até um belo sentimento como o de defesa por quem amamos em um ato de ódio e vingança.
Talvez se continuar a trabalhar na Initech eu deva começar a criar gatos, isso pode tornar mais segura a vida das pessoas ao meu redor.